O anarquista não quer fazer escada do seu companheiro de desventuras; não procura melhorar sua posição tornando-se um instrumento da cobiça do capitalista: não se presta aos desejos do patrão, não se humilha diante dele, não pactua com o inimigo seu e de sua classe. Não aspira a viver à parte, enquanto todos sofrem; não separa a sua causa da de seus companheiros; não reconhece diferença de raça ou de nacionalidade; não se ilude imaginando poder arrancar aos capitalistas concessões valiosas e duradouras, não se pensa exclusivamente no seu interesse momentâneo, mas remota à causa de seus males e contra ela se insurge. (LEUENROTH, 1963)
O anarquista reclama para os outros o mesmo que para si; recusa servir de rufião as patrões; revolta-se contra todas as instituições presente porque todas sancionam a onipotência dos ricos; não elege fazedores de leis para não consentir na sua escravidão e para não se deixar enganar pelos costumados mariolas; não confia nas mentiras promessas dos governantes. E ao burguês que tenha, para o subjugar, ora à força, ora à lisonja, ele responde: "O teu ouro não me seduz, porque fui eu que o extrai das entranhas da terra. As tuas vinganças não me aterrorizam, porque a vida que me deixas é uma continua agonia; o teu poder condenado a cair. Eu gozo combatendo-o, e cada revolta minha acelera o triunfo da liberdade e da justiça". (Apud, 1963, p.37)
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